Oi gente!!
Apesar de ás vezes eu nem saber quem me visita, de nem conhecer quem me observa, hoje eu escolhi falar um pouquinho de mim, da minha vida, dos meus sentimentos íntimos e pessoais por aqui.
Embora eu seja falante demais, eu nunca tive o hábito de sair da minha casa pra contar meus dilemas, aquilo que eu tenho pra chorar, eu choro ali, quietinha, na cama do meu quarto, na minha casa. E se por algum acaso alguém ficar sabendo, foi porque lá entrou e viu com seus próprios olhos.
Mas HOJE eu queria tanto um colo, alguém pra me ouvir, pra me aconselhar, pra me instruir, alguém com a sabedoria do alto sabe, mas quem?! Vivemos em tempos tão corridos, onde as pessoas andam apressadas demais, ocupadas demais. O mundo real é introspectivo agora, "nosso melhor tempo" está nas redes sociais, e que 'bom por isso', lutamos tanto pela globalização né, deixemo-nos usufruir dela, e digo mais, ainda bem que eu tenho um cantinho como esse pra recorrer!! rs
Aí você deve me perguntar
"e a sua família, você não conta com ela"?! Aí eu também pergunto - E se o problema for familiar?! "
e seus amigos?! Eu respondo - Amigas eu tenho, contadas nos dedos, precisamente três, mas elas também se encaixam nas pessoas com vida corrida, exercem ofícios distintos do meu, portanto, nossos tempos são diferentes, tanto que mal dá pra se encontrar em datas comemorativas. E agora, contar pra quem além de Deus?! Mesmo sabendo que ele é o nosso melhor amigo, melhor conselheiro, nosso Aba pai, mesmo sabendo que EM MIM está o seu prazer, é mentira dizer que nós não precisamos de ninguém pra conversar aqui na terra, EU SINTO ESSA FALTA!!
A maternidade mudou completamente a minha vida, não porque eu me programei pra isso, mas o exercício de ser mãe, nos leva pra um caminho diferente do que andávamos antes, isso ocorre naturalmente, sem um esforço, muitas portas maravilhosamente se abrem, que é o do conhecimento, da maturidade, da segurança, do preenchimento do peito(amor de mãe) mas ser mãe é também renunciar um tantão assim da nossa vida, do nosso ego, do nosso egoísmo, do nosso orgulho, do nosso tempo. Lutamos tanto pra sermos pessoas independentes, e agora nos vemos dependente de tudo, completamente de tudo, pra "ganhar um título de BOA MÃE", não que eu esteja procurando por ele, mas por me enquadrar a função a que fui chamada, MÃE!
É muito fácil dizer:
seu filho é cheio de birras, quando os seus já estão crescidos, é muito fácil dizer:
você mima muito esse menino, quando não é você que só o encontro 3h por dia. É muito fácil cuidar do filho dos outros no olhômetro, ser mãe de teoria é fácil, ser pai de observância também!! Difícil é ter que levantar 7h da manhã, dar banho em menino, da café a menino, deixar na cuidadora e passar 12h por dia sem nenhum contato direto com ele, difícil é passar 50% do seu tempo fora de casa, vivendo sob pressão no trabalho, e ainda chegar em casa e tomar as rédeas dos afazeres domésticos com sorriso no rosto. Fácil é palpitar a vida dos outros, é apontar as limitações de quem é limitado. Difícil é você orar sozinha, sem ter uma concordância em casa, sem ter pelo menos alguém que diga amém, assim seja. Fácil é dizer tenha paciência, vai dar tudo certo. Difícil é ter alguém com um bom conselho pra dar!
É muito difícil ser uma boa mãe, tem horas que dá uma confusão na minha cabeça. Na verdade, o que é ser uma "boa mãe"?! É cuidar do seu filho em tempo integral?! Ou é sair pra trabalhar fora e ajudar no seu sustento?! Ser 'boa mãe" é se submeter as circunstâncias de um casamento difícil pra lhe dá uma família com pai e mãe!? Ou ser "boa mãe" é enfrentar as dificuldades de uma mãe solteira?! Ser "boa mãe" é levar seu filhote ao parque nos dias de folga?! Ou ser "boa mãe" é aproveitar seus dias de folga pra colocar as roupas e as coisas do menino em dia?! Bom seria conciliar tudo isso né, mas na prática as coisas são bem mais complexas, à propósito, ainda que sejamos agíeis, produtivas, nós não conseguiríamos manter o controle de tudo, somos limitadas, sujeitas a muitas dificuldades internas(coisas do ser humano).
Estou em conflito com meus problemas de mulher, mãe, e esposa.. Me sinto carregando uma carga pesadíssima, cheia de necessidades sem prioridades. Acabei de sair da casa da minha mãe, acabei de adiar MAIS UMA VEZ a minha faculdade, acabei de assumir um monte de responsabilidades individuais. Estou exausta de lutar com minhas armas, acabaram se os argumentos, as justificativas, me sinto sufocada, sem voz.
Me considero uma pessoa forte, independente, esforçada, sem medo do trabalho árduo, mas quando se trata de Gabriel, eu desmonto, me sinto fraca, vulnerável, choro fácil, me humilhou, também humilho(se preciso for), peço perdão, baixo a cabeça, empino o nariz, enfim, por ele eu faço o meu melhor, até quando não me beneficia, às vezes com vergonha, MAS FAÇO. Se isso é ser boa mãe eu não sei, a certeza que eu tenho é que esse é o meu melhor!!
E ontem conversando com Deus Ele me falou assim: "
Suênya, tens feito o teu melhor, tens usado todos os teus recursos, és uma boa mãe SIM, és uma boa esposa, uma ótima dona de casa, és temente e sensível a minha palavra. Esse fardo pesado que carregas não é teu, as perturbações não são tuas, não desanime, sou eu quem te justifico, os meus planos são mais altos que os teus, o que prometi pra tua vida VAI SE CUMPRIR, todas as coisas tem o seu tempo programado, CONFIE!"
Foi assim que consegui dormir e sonhar, até senti frio com a chuvinha que deu ontem à noite(minha casa é um forno)!!
Certamente não sou a única a viver dias difíceis, todos nós estamos sujeitos, faz parte do plano da vida, esses momentos traz experiência, transformação de caráter e mudança de atitudes, e no final dá TUDO CERTO!!
bjos,
Inté!!